Após ter sido solicitada a colaboração dos alunos na elaboração de um pequeno texto sobre a realidade escolar, o Bullying surgiu como preocupação de alguns ....
Parabéns à autora do artigo (adaptado) que publicamos....
BULLYING, COMO SURGIU ??
Actualmente falar de violência escolar é também falar de bullying. O termo bull
ying foi cunhado por Dan Olweus numa das suas investigações sobre tendências suicidas em adolescentes. Bullying é um termo inglês utilizado para descrever actos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objectivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.
O QUE É…
Bullying é toda a violência não física, todo o tipo de agressão e condutas verbais, desde os simples insultos, a fazer piadas e gozar com a criança, o uso de alcunhas cruéis, ridicularizar, etc.. Bullying é uma forma de pressão social que acarreta, por vezes, traumas muito importantes na vida dos alunos que são sujeitos diariamente a este tipo de maus-tratos.
A escola é um dos contextos em que o Bullying mais se faz sentir uma vez que se encontram num mesmo espaço muitas crianças e que se torna difícil para os adultos vigiarem todos os comportamentos e intervirem atempadamente.
O QUE PODEM OS PAIS FAZER PARA AJUDAR UM FILHO QUE ESTEJA A SER VÍTIMA DE BULLYNG?
• Diga ao seu filho que ninguém merece ser vítima de bullying;
• Mantenha-se calmo;
• Seja sensível ao facto de o seu filho se sentir humilhado;
• Tente saber o que aconteceu, quando, com quem, como e porquê;
• Mostre confiança na resolução do caso;
• Peça ao seu filho para escrever os seus sentimentos sobre o sucedido;
• Explique-lhe que é normal sentir-se ferido, com medo ou raiva;
• Não diga para retaliar;
• Não diga para ignorar o agressor;
• Ensine-o a ser assertivo, não agressivo;
• Comunique à escola todos os episódios;
• Fotografe as marcas de agressões;
• Seja paciente com a escola;
• Inclua o seu filho na tentativa de encontrar uma solução;
• Peça a colegas do seu filho, com boa conduta moral, para o acompanharem na escola;
• Não desista.
FIQUE ALERTA AOS SINTOMAS QUE NORMALMENTE UMA VÍTIMA APRESENTA PARA SABER QUANDO AJUDAR
• Desinteresse súbito pela escola;
• Desmazelo súbito na elaboração dos trabalhos-para-casa;
• Escolha de outro caminho para a escola ou um meio de transporte diferente;
• Felicidade durante os fins-de-semana, mas tristeza aparente e preocupação/tensão no domingo;
• De repente, prefere ficar na companhia dos adultos;
• Frequentemente doente (dores de cabeça ou de estômago);
• Pesadelos e insónias durante a noite;
• Volta para casa com arranhões inexplicáveis, contusões e roupa rasgada;
• Fala sobre como evitar certas áreas da escola e/ou do bairro;
• De repente, começa a fazer bullying
• Procura os amigos errados nos piores locais;
• Começa a falar de suicídio e diz sentir-se deprimido.
“TORNAR-SE” AGRESSOR
O agressor (o bully) não precisa de ser maior ou mais forte que as suas vítimas.
O agressor não vê de imediato o mal que causou, as consequências dos seus actos, o que minimiza quaisquer sentimentos de remorso ou empatia para com a vítima.
Os que sofrem o bullying acabam por desenvolver problemas psíquicos muitas vezes irreversíveis, que podem até levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy suicidou-se em 8 de Janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos actos de perseguição que sofria constantemente. Esta história inspirou uma música (Jeremy) interpretada por Eddie Vedder, vocalista da banda Pearl Jam